Aline Dias com Informações do 38ª Delegacia Regional / Divulgação |
O caso chegou ao conhecimento policial em razão da direção da escola onde a vítima estuda receber o relato dos abusos sexuais e encaminhar a ocorrência à Patrulha Escolar e Delegacia de Polícia.
Segundo inicialmente apurado, foi encontrado em uma escola de Santo Antônio da Platina um bilhete anônimo na porta do banheiro feminino com pedido de socorro com os dizeres “ eu sou abusada e estuprada, socorro ajuda, me mate de uma vez, anônima, não vai ser a primeira e nem a ultima vez”.
A direção da escola prontamente conseguiu identificar a pessoa que estava pedindo por socorro, sendo uma aluna de 12 anos, a qual fez o relato espontâneo narrando que sofre abusos desde os 07 anos, sendo o autor o seu padrasto, e que os crimes sempre ocorriam quando ficava sozinha com o mesmo enquanto a mãe saía para trabalhar.
A vítima foi encaminhada para exame pericial, sendo constatado pelo perito do IML a existência de sinais de violência sexual.
Na ocasião, o Poder Judiciário determinou como medida cautelar o afastamento do padrasto do lar e proibição de contato com a vítima. Contudo, chegou ao conhecimento da autoridade policial que o suspeito, de 36 anos e sem passagens pela polícia, continuava a frequentar a residência da vítima e a manter contato com a mesma, razão pela qual a autoridade policial representou pela prisão preventiva.
O advogado do suspeito tomou conhecimento do mandado de prisão expedido e apresentou espontaneamente o suspeito para o cumprimento do mandado, argumentando como tese de defesa a negativa total dos fatos.
A investigação já estava concluída e encaminhada ao Ministério Público, sendo o suspeito indiciado pela autoridade policial pela prática do crime de estupro de vulnerável (artigo 217-A do Código Penal, cuja pena é de reclusão de 8 a 15 anos.