
Redação com informações da Assessoria/Divulgação
Assunto principal foi à instalação no Município da Patrulha Maria da Penha
Na segunda-feira (5), por volta das 11h, o Juiz de Direito da Vara Criminal, Família e Sucessões, Infância e Juventude da Comarca de Santo Antônio da Platina, Djalma Aparecido Gaspar Junior, esteve no gabinete da Prefeitura para uma importante reunião que tratou sobre o município ter a Patrulha Maria da Penha.
Na ocasião o magistrado foi recebido pelo prefeito Gil Martins, pela vice-Prefeita Terezinha Maiorky, que é também Secretária Municipal de Assistência Social, Primeira Dama Fátima Izak, o Assessor Jurídico da Prefeitura, Advogado Adilson Anacleto do Carmo, Secretários e Diretores.
Em sua fala o Juiz disse que “eu vim aqui representando o Poder Judiciário, para fazer um convite para participação de uma reunião quanto à instalação no Município da Patrulha Maria da Penha”.
Esta reunião mencionada pelo magistrado acontece hoje, quarta-feira, dia 7, às 14h, no Fórum Desembargador Octávio F. do Amaral e Silva.
Segundo o Juiz, “infelizmente a violência doméstica é um problema sistêmico não só no nosso Município, mas em nosso Estado e País. Os motivos que levam à violência doméstica são inúmeros, é de ordem patrimonial, psicológica, física, ordem sexual, infelizmente, muitas mulheres estão sofrendo cada vez mais com este tipo de fenômeno social”.
Combate à violência
O Juiz Djalma deixou bem claro que “queremos realmente combater este tipo de violência. Tanto que a Polícia Militar está dando início à instalação da Patrulha da Penha, mas é necessário que haja uma integração da rede. A partir do momento que uma vítima de violência doméstica é visitada pela MP ela precisa ser encaminhada para o órgão correspondente à sua necessidade. E, para isso, a saúde, a educação, a assistência social, o próprio Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), precisam estar habilitados através de um fluxograma para atendimento dessas vítimas”.
O magistrado entende que “é justamente esta integração que às vezes é um pouco complicado fazer. E esta reunião – se referindo ao evento de quarta-feira, 14h – tem justamente o objetivo de aproximar estes órgãos e fazer uma ponte de comunicação, uma interface de trabalho, para que possamos então ter realmente um trabalho completo e efetivo no nosso Município, e a Patrulha Maria da Penha possa funcionar de forma integral, assim como funciona em Jacarezinho, e em grandes centros, como Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e nós queremos instalar aqui em nosso Município. O benefício à geração de uma pacificação social é justamente o sentido de nosso trabalho no Poder Judiciário”.
Atendimento a agressões
Questionado sobre a média de atendimento de agressões que passam pelo Judiciário no Fórum, o Juiz Djalma disse que “é grande”. E esclareceu: “toda semana eu praticamente defiro até três medidas protetivas, ou seja, a cada dois dias uma mulher é vítima de violência doméstica em Santo Antônio da Platina, é uma média muito alta e tem que ser combatida, tem que ser enfrentada e não pode mais ser ignorada pelo poder público”.
Drogas
Outro fator destacado pelo magistrado é com relação às drogas: “é um problema social e de saúde muito grande no Município. Infelizmente Santo Antônio da Platina faz parte de uma rota de tráfico de drogas e o consumo interno também é muito grande. Toda a semana medidas cautelares são deferidas para busca e apreensão, prisão preventiva; da mesma forma faço audiência relacionada ao tráfico de drogas e são dois problemas bastante graves em nosso município”.