Cadastro do Pix nos bancos começa nesta segunda-feira, entenda como funciona.

Rafaela Silva / Com Infomoney
   O cadastro no Pix nos bancos, fintechs e instituições de pagamentos começa nesta segunda-feira (5). O novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC) promete mudar a relação dos brasileiros com as transações digitais ao permitir que transferências e pagamentos sejam concluídos em até dez segundos e realizados 24 horas por dia, em qualquer dia do ano, incluindo finais de semana e feriados.

   Todas as instituições financeiras com mais de 500 mil clientes foram obrigadas a aderir ao novo sistema do BC.

   Ainda que o sistema tenha sido desenvolvido pelo Banco Central, tanto o cadastro, quanto as transações, serão feitos por meio da instituição financeira na qual o cliente já tem relacionamento – ou vier a ter. Basicamente, o Pix vai ser uma funcionalidade a mais dentro dos canais do banco, uma nova opção no menu do app ou internet banking.

   Grandes bancos já tinham iniciado o processo de inclusão dos clientes no sistema por meio de um pré-cadastro, no qual os correntistas confirmavam o interesse em usar o Pix. Mas a partir desta segunda-feira, todas as instituições financeiras com mais de 500 mil clientes devem iniciar o cadastro oficial no sistema.

   O procedimento pode variar entre elas, mas de acordo com as informações passadas pelos cinco maiores bancos do país ao InfoMoney durante a fase de pré-cadastro, no cadastro o cliente confirma à instituição que quer fazer parte do Pix e define a sua chave Pix – que pode ser um e-mail, CPF, telefone ou chave aleatória – que vai passar a identificar sua conta no sistema.

   O sistema começa a funcionar de forma restrita no dia 3 de novembro e entra em pleno funcionamento no dia 16 de novembro, segundo o Banco Central.

   Gustavo Cunha, especialista em inovações para o mercado financeiro, diz que o Pix pode ser entendido como uma TED ou um DOC turbinados. “É uma forma de pagar e receber sem a necessidade dos vários intermediários que hoje temos nos arranjos com cartões de débito e crédito – e tudo isso de forma instantânea, segura, ágil e mais barata do que as opções que temos hoje”, afirma.

   Na prática, acrescenta Cunha, o lojista não vai precisar mais da maquininha, as pessoas físicas vão fazer um Pix para amigos ou familiares de graça, sem precisar pagar pela TED e não haverá mais a necessidade de carregar um cartão físico para fazer pagamentos.

   “Seu celular será a forma de transferir e receber dinheiro. Muitas outras funcionalidades que já existem em outros países que implementaram pagamentos instantâneos serão possíveis no Brasil com o Pix. Junto com o open banking [sistema que vai tornar os clientes donos dos seus dados bancários], o Pix vai colocar o Brasil novamente na lista dos países que lideram a inovação no mercado financeiro”, afirma Cunha.


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