Número de casos oficiais é ‘muito menor’ que o real, diz ministro

Foto: Reprodução / TV Brasil / Editorial

      O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou hoje que o número de casos confirmados oficialmente do novo coronavírus é “muito menor” que o número real de pessoas infectadas na sociedade.
      Oficialmente, segundo divulgado hoje pela pasta, o Brasil tem, até a tarde do dia 02, 7.910 casos confirmados do vírus, registrando 299 óbitos. O ministro, no entanto, disse não ter como fazer uma estimativa sobre qual seria o número real de pessoas infectadas.
      “Hoje o número de casos confirmados está muito menor do que o número de casos que está circulando dentro da nossa sociedade. Eu não tenho como estimar. O que aumenta em muito a necessidade de a gente ter muito mais cuidado para segurar [o isolamento social]”, disse Mandetta.
      “Porque, se não tivéssemos cuidado para segurar, provavelmente hoje já estaríamos em espiral de casos, mesmo fazendo essa dinâmica social diminuída”, afirmou o ministro.
      Mandetta fez a afirmação ao explicar o crescimento no número de casos notificados. Na ultima quarta feira, o boletim oficial do Ministério da Saúde registrou 1.119 casos nas últimas 24 horas. Ontem esse número foi de 1.138, o recorde de casos por dia até o momento.

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      Segundo o ministro, um dos motivos para o crescimento dos casos confirmados é o aumento da capacidade dos laboratórios de processarem os testes para detecção do vírus. “A partir dessa semana o número de casos começa a ter um aumento”, disse Mandetta. “A testagem que estava represada”, afirmou o ministro.
      Um dos motivos que vem sendo apontado por autoridades em saúde para a que o número de casos notificados seja menor que o número real é o de que mais de 80% dos infectados pelo coronavírus não apresentam sintomas ou têm apenas sintomas leves e não entram nas estatísticas oficiais.
      Hoje, a orientação do Ministério da Saúde é fazer testes apenas em pacientes graves que estão internados. O aumento na realização dos testes, portanto, poderia tornar a estatística oficial mais próxima da realidade.
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