Real foi a moeda que mais valorizou frente ao dólar no mês de janeiro

Redação com informações / Divulgação

 

Um levantamento com base em dados da Bloomberg mostra que o real foi a moeda que mais valorizou frente ao dólar no mês de janeiro.

A pesquisa levou em consideração 11 países e também a zona do euro. Aliás, os números mostram que a valorização do real foi de 4,2%, seguida do dólar australiano (3,6%) e do peso mexicano (3,5%).

No iniciou do ano a cotação era de 1 dólar para R$ 5,36, chegando a R$ 5,06 no final do mês passado.

O que explica a valorização do real?

Para analistas de mercado, a valorização da nossa moeda em janeiro está ligada às taxas elevadas de juros no país, à perspectiva de estabilidade dos juros nos Estados Unidos e na Europa a médio prazo e ao novo ciclo das commodities (matérias-primas).

Além disso, a aproximação de paridade entre o dólar e o euro, mais recentemente, também ajudou na valorização do real frente à moeda europeia. 

Com relação aos números, o fluxo cambial vem seguindo no azul. Em janeiro, o país registrou fluxo positivo de U$$ 4,176 bilhões, segundo o Banco Central (BC). 

Já nos primeiros três dias de fevereiro, de acordo com o último dado disponível pelo Banco Central, o valor também é positivo. Isto é, em U$$ 1,027 bilhão. Com isso, o saldo no ano é de U$$ 5,203 bilhões. 

Por outro lado, no ano passado, o fluxo ficou no vermelho. Os números foram corrigidos este mês, passando de uma entrada líquida de US$ 9,574 bilhões para uma saída de US$ 3,233 bilhões, segundo o BC, por conta de uma “falha na rotina de compilação”.

De acordo com analistas, os principais impactos imediatos, caso a valorização do real se mantenha, estão nos índices de inflação, nos preços de matérias-primas e no fluxo de transações comerciais do país.

“A grande vantagem da valorização de uma moeda frente ao dólar é ajudar no controle da inflação, o que os economistas chamam de âncora cambial. Mas esse fenômeno precisa ser consistente e não uma valorização esporádica, como foi o caso de janeiro”, afirma Alexandre Espirito Santo, Economista-Chefe da Órama e professor do IBMEC-RJ.

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