Redação / AEN PR
O prédio de arquitetura moderna, dividido entre as cores vermelha e branca, logo se sobressai em maio à imensidão de casas baixas que formam o bairro Santo Expedito, em Ribeirão do Pinhal, no Norte Pioneiro.
É lá que funciona, desde meados de julho, a nova sede do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da cidade. O espaço de 206 metros quadrados vai fortalecer a oferta de serviços da proteção social básica do Sistema Único e Assistência Social (Suas) dentro do município, descentralizando a política de assistência social.
O investimento do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho, foi de R$ 815.582,52. “São obras como essa em Ribeirão do Pinhal que ajudam a melhorar as condições de vida de quem mais precisa”, disse o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “O Cras é um facilitador, ajudando a população com amparo técnico, assistencial e psicológico. É assim que o Governo do Estado reforça seu caráter social”, acrescentou.
O secretário municipal de Assistência Social, Carlos Alexandre Braz, explica que a mudança vai permitir um salto de qualidade nos serviços ofertados em Ribeirão do Pinhal. Ele, inclusive, já faz planos de expansão para quando a pandemia da Covid-19 terminar. “A gestão básica será muito fortalecida. Queremos oferecer cursos profissionalizantes em parceria com o Sistema S, ter grupos de artesanato e outras ações específicas para idosos, pessoas com algum tipo de deficiência, crianças e adolescentes”, diz. “É uma grande evolução, sem dúvida”.
Braz lembra que a antiga sede, próxima à prefeitura, funcionava em um prédio alugado, de estrutura acanhada, e tinha de dividir espaço com a própria secretaria de Assistência Social. “Isso limitava a nossa atuação”, afirma.
PLANEJAMENTO – Segundo ele, a mudança de endereço obedeceu a um criterioso planejamento. O bairro Santo Expedido, por exemplo, foi escolhido por concentrar o público-alvo para atendimentos no Cras. “Ficamos perto da população mais carente, de quem mais precisa do nosso atendimento”, ressalta o secretário.
A nova unidade é composta por recepção, banheiros adaptados, almoxarifado, cozinha, área de serviço, sala multiuso, salas de coordenação/administração, espaço externo com estacionamento e áreas de acessibilidade. “É um sonho realizado, um presente que a população de Ribeirão do Pinhal ganhou”, afirma Braz.
EXPANSÃO – A inauguração do Cras de Ribeirão do Pinhal reforça a política de reestruturação do órgão encabeçada pela Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho. Atualmente 10 projetos estão em andamento em diferentes regiões do Paraná.
Há seis obras em execução e outras quatro em fase final de licitação, aguardando os últimos detalhes para começar a sair do papel. O investimento, somado, é de R$ 7,1 milhões. “Levar dignidade e oferecer oportunidades com serviços sociais é fundamental para quem mais precisa. E os Centros de Referências de Assistência Social (Cras) são espaços essenciais para este atendimento, pois trabalham na ponta com as pessoas mais necessitadas nos municípios”, diz o secretário estadual da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost.
Atualmente, de acordo com a secretaria, o Paraná possui 569 Cras nos 399 municípios do Estado.
POLÍTICA SOCIAL – O Centro de Referência de Assistência Social (Cras) é a porta de entrada da Assistência Social pela comunidade. É uma unidade pública municipal, localizada prioritariamente em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social, onde são ofertados ações e serviços de proteção social básica, com o objetivo de fortalecer a convivência familiar e comunitária.
O Cras promove a organização e a articulação das unidades da rede socioassistencial e de outras políticas, possibilitando o acesso de famílias, seus membros e indivíduos aos serviços, benefícios e projetos de assistência social.
Os serviços são destinados prioritariamente à população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, dentre outros) e, ou, fragilização de vínculos afetivos – relacionais e de pertencimento social.
Nas unidades, os cidadãos também são orientados sobre os benefícios assistenciais e podem ser inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.