Redação com informações do IDR PR/Divulgação
O Paraná é reconhecido como um dos grandes produtores agropecuários do país. A alta produtividade das lavouras e criações é o resultado de tecnologias e práticas de manejo que chegam aos produtores graças, em grande parte, à ação dos extensionistas. São profissionais de diversas categorias que atuam como agentes de desenvolvimento no meio rural. Neste dia 6, é comemorado em todo o Brasil o Dia da Extensão Rural e do Extensionista Rural, profissional que contribui para o fortalecimento da agropecuária do estado.
A extensão rural também é entendida como um processo de educação extra escolar, ou, não formal, cujo objetivo é contribuir para a elevação de qualidade de vida das famílias rurais e, em consequência, para o bem-estar de toda a sociedade Os serviços de extensão rural não oficiais no Brasil remontam ao início do século XX, com a institucionalização dos cursos de Ciências Agrárias em nível superior ou em nível técnico. A criação institucional dos serviços, porém, só se deu a partir da década de 50, com o surgimento de instituições civis, sem fins lucrativos, que prestavam serviços de extensão rural e elaboração de projetos técnicos para obtenção de crédito rural junto aos agentes financeiros. O modelo foi inspirado no trabalho feito à época por universidades dos EUA. O primeiro escritório de Extensão Rural do Brasil foi criado em 06 de dezembro de 1956, em Minas Gerais. No Paraná, o serviço chegou em 20 de maio de 1956.
Extensão no Paraná – Atualmente, de acordo com a Asbraer (Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária), existem mais de cinco mil unidades no país que atendem cerca de dois milhões de proprietários rurais e mantêm um batalhão de 13.690 extensionistas, 1.126 pesquisadores e 31 instituições de Assistencia Técnica e Extensao Rural, Pesquisa Agropecária e Regularizacao Fundiártia. No Paraná cabe ao IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater) promover a extensão rural e levar conhecimento aos produtores familiares. Atualmente, o Instituto conta com 600 profissionais atuando a campo e outros 100 em escritórios regionais e na Unidade Central, em Curitiba.
Confiança – Apesar da evolução das tecnologias e da chegada da internet, fonte de informação incontornável na atualidade, o papel do extensionista é imprescindível para o público que vive no meio rural. Orival Stolff, é gerente regional do IDR-Paraná em Curitiba e há 46 anos trabalha com a Extensão Rural. Ele afirma que há muita informação nas redes, tanto para agricultores como para pessoas que não lidam com a agropecuária. “Mas é preciso que cada um filtre o que recebe, para ver o que é verdade ou não”, alerta Stolff. Quanto a uma possível substituição do extensionista pela internet, Stolff faz alguns questionamentos. “Ao longo do tempo o extensionista e as famílias dos agricultores criam uma relação de confiança. Essa relação você não acha na internet de forma robusta. Nas redes a relação é bastante superficial. Hoje você recebe uma informação de um consultor, amanhã ele não está mais lá no site e você não sabe a quem recorrer. Enquanto que com o extensionista você conversa hoje sobre um assunto e a informação vai sendo atualizada. O produtor sabe quem procurar. É uma relação do olho no olho, do sentimento. De tal forma que a interlocução seja de uma qualidade muito superior. É um trabalho contínuo. É o dia a dia que dá consistência a essa relação entre o extensionista e a família rural”, conclui Stolff. Essas características é que garantem um lugar de destaque ao serviço de Extensão Rural.
Além de garantir a qualidade da produção, gerando emprego, renda e melhoria da qualidade de vida no campo, a atuação extensionista também dinamiza as economias locais e regionais, socializa saberes, inovações tecnológicas e políticas públicas. Os extensionistas ainda fazem o trabalho de auxiliar os agricultores a terem uma produção sustentável sob os aspectos econômicos, ambientais e sociais.
